ACORDO NÃO MUDA NADA: CONTINUO CANDIDATO
Tem gente me perguntando o que muda na minha candidatura depois do pré-acordo nacional entre PT e PMDB. Não muda nada. Sou candidatíssimo.
Sinceramente, acho que pouca gente entendeu o motivo desse pré-acordo. O que houve foi a inversão de uma lógica que priorizava os acertos nos estados. Agora, não. As direções do PMDB e do PT entenderam que se ficassem esperando a pacificação geral nos estados, não sairia aliança. Então, em vez de casamento forçado nos estados, tivemos ontem um noivado em Brasília.
Com esse pré-acordo, ganham Temer e a direção do PMDB, que fica com a vaga para vice. Fizeram o acordo no momento certo, pois sabiam que caso Dilma crescesse nas pesquisas poderia acabar preferindo se casar com o Ciro.
No entanto, Dilma também ganha, pois mostra a força da sua candidatura. Agora deve haver um jantar por semana com os partidos da base. Volta a ganhar força a tese da eleição plebiscitária. A tendência é o Ciro ficar, se muito, com o PSB.
Resumindo, acho que a situação melhorou para minha candidatura. Antes, o PMDB dizia que as negociações só avançariam se houvesse acordo nos estados. Agora,não. O pré-acordo é uma espécie de noivado e o PMDB deu esse passo à frente, antes de resolver os problemas estaduais porque optou em ser o aliado preferencial da candidatura da Dilma. Houve uma clara opção pelo acordo nacional. Até porque o próprio PMDB não consegue resolver seus problemas. Na Bahia, Geddel insiste em ser candidato.
Ou seja, a minha leitura desse pré-acordo é que as direções do PT e PMDB entenderam que os problemas regionais entre dois partidos tão diferentes são naturais e não podem frear o acordo nacional.
Eu me sinto cada vez mais candidato. Da mesma forma que na Bahia o PMDB lança Geddel contra o governador do PT, Jacques Wagner, aqui no Rio, o PT tem que lançar uma candidatura que defenda os interesses do povo trabalhador que tem sofrido com as políticas elitistas do governo Cabral.
Lindberg Farias