O Vale do Paraíba Fluminense antes do auge cafeeiro
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Nas primeiras décadas do século XVIII, o Vale do Paraíba fluminense ainda era habitado quase exclusivamente por pequenos agrupamentos indígenas seminômades, sobre os quais sabemos muito pouco.
Nessa época, o colonizador luso-brasileiro apenas começava a se fixar na região, o que contrastava com o povoamento bem mais antigo do Vale Paulista e com a intensa movimentação humana que então ocorria no território mineiro, onde a exploração do ouro fazia surgir diversos núcleos urbanos, alguns de porte considerável para os padrões da época.
No Vale fluminense, porém, o povoamento ainda continuaria a passos lentos e silenciosos durante todo aquele século, e ainda no ano de 1800 nenhuma das suas poucas povoações apresentava desenvolvimento significativo, permanecendo isoladas umas das outras por densa massa florestal.
Foi somente a partir de então, já nas primeiras décadas do século XIX, que o Vale fluminense finalmente começou a ganhar certa importância econômica e populacional. Tal incremento foi impulsionado pelo aumento do fluxo comercial que passava pela região, notadamente aquele que levava alimentos produzidos no sul de Minas Gerais para a cidade do Rio de Janeiro, e também pela nascente produção de café, que atingiria proporções significativas a partir da década de 1830 e acabaria por conferir ao Vale uma posição de destaque na economia nacional.
O foco desse livro, entretanto, não é o período do café, e sim aquela época mais distante no tempo e bem menos conhecida da história vale-paraibana, a que antecede o auge da lavoura cafeeira em suas terras.
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