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Revolução dos Cravos e a luta pela Independência na África Lusófona: um olhar sobre as Racialidades, Lideranças, Descolonização e Legados Históricos

A Revolução dos Cravos, evento sísmico ocorrido em Portugal em 25 de abril de 1974, não apenas desmantelou o longevo regime autoritário do Estado Novo, mas também atuou como catalisador decisivo para o fim de um império colonial onde as dinâmicas raciais eram estruturantes. O golpe militar pacífico, orquestrado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), removeu do poder uma ditadura que, por décadas, negou a autodeterminação dos povos africanos, mantendo uma ordem social e política rigidamente hierarquizada pela raça. Como aponta Norrie MacQueen, “a lógica da permanência colonial tornou-se insustentável após o colapso do regime, uma vez que este era o principal fiador ideológico e militar da política imperial portuguesa” (MacQueen, 1997, p. 86). Essa política imperial, sustentada por ideologias como o lusotropicalismo – que, paradoxalmente, celebrava uma suposta miscigenação enquanto mascarava profundas desigualdades e discriminações raciais – via os territórios africanos como extensões ultramarinas de uma nação pluricontinental, negando a identidade e os direitos dos povos colonizados.

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